top of page

Xiaomi 15T: o “premium acessível” que cutuca Samsung e Apple

A Xiaomi voltou a jogar pesado no mercado internacional. Apresentada em Munique, a série Xiaomi 15T (com versões 15T e 15T Pro) reforça a estratégia da marca de ocupar o espaço entre os intermediários “de luxo” e os topo de linha que já flertam com preços absurdos. E quando digo absurdos, não é exagero: um Galaxy S25 Ultra, por exemplo, chega a custar 1.249 euros. O novo Xiaomi 15T começa em 649 euros — algo em torno de R$ 4 mil.


ree

É nesse contraste que a Xiaomi aposta. O 15T não é um aparelho barato, mas o discurso é claro: entregar recursos premium sem estourar o cartão de crédito. O pacote vem com tela AMOLED de 6,83 polegadas, bateria robusta e, claro, câmeras assinadas pela Leica, numa parceria que já vem rendendo bons frutos para a empresa. A ideia é seduzir exatamente aquele consumidor que gostaria de um Galaxy ou iPhone, mas não aceita pagar a conta inflada.


Câmera e desempenhoNa prática, o 15T carrega três sensores traseiros Leica — principal e telefoto de 50 MP, além de uma ultrawide de 12 MP. Para selfies, 32 MP. É um conjunto que, pelo menos no papel, elimina a velha crítica aos intermediários: boas fichas técnicas mas câmeras decepcionantes.


Sob o capô, temos a divisão: o 15T básico usa o Dimensity 8400 Ultra (MediaTek), já o 15T Pro traz o Dimensity 9400, chip que se aproxima dos Snapdragon mais poderosos. A diferença também aparece na tela, que no Pro atinge 144 Hz, e no carregamento turbo: 90 W contra 67 W da versão comum.


Estratégia clara: premium sem estourar o bolsoO movimento é coerente com a trajetória recente da Xiaomi, que já ocupa o terceiro lugar no mercado europeu de smartphones, atrás de Samsung e Apple. A empresa diversifica para eletrodomésticos e até carros elétricos, mas mantém nos celulares sua vitrine de tecnologia e custo-benefício agressivo.


Não por acaso, o 15T carrega o rótulo de “carro-chefe acessível”. É o típico produto que quer entregar status de topo, mas sem que o consumidor sinta que está bancando mais impostos sobre marca do que sobre tecnologia.



Preços e versõesO 15T chega em 256 GB e 512 GB, partindo de 649 euros. O 15T Pro começa em 799 euros e pode chegar a 1 TB. Aqui vale a crítica: cada salto de memória custa 100 euros extras, prática pouco amigável e que lembra o que Apple e Samsung já fazem há anos.


Ainda assim, a Xiaomi parece ter encontrado um ponto de equilíbrio: smartphones que não são baratos, mas que custam consideravelmente menos que os concorrentes diretos. E em um mercado onde pagar mais de mil euros virou “normal”, oferecer uma experiência premium por 649 já é quase um ato de rebeldia.

Comentários


bottom of page