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Ressonância magnética ajuda a prevenção de doenças em animais

A cena pode parecer inusitada: um leão de 160 quilos deitado em uma máquina de ressonância magnética, cercado por veterinários, cuidadores e especialistas da UFPR. Mas o que aconteceu no Zoológico de Curitiba com o leão Dacar no último sábado (6) é um retrato perfeito de como a tecnologia, originalmente criada para a medicina humana, vem ampliando seu impacto para além das fronteiras hospitalares e chegando também à saúde animal.


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O exame não foi motivado por doença, mas por prevenção — um check-up de rotina. E é exatamente aí que está a grande virada: o uso de tecnologias de ponta, como a ressonância magnética, permite diagnósticos mais precisos, reduz riscos e oferece qualidade de vida a animais que, em outros tempos, dependeriam apenas de avaliações superficiais ou exames invasivos.


Essa integração entre ciência e cuidado animal tem reflexos diretos também na nossa própria saúde. Afinal, os avanços em medicina veterinária frequentemente se tornam referências para tratamentos humanos e vice-versa. O desenvolvimento de anestésicos, vacinas e técnicas cirúrgicas, por exemplo, nasceu dessa troca constante entre as duas áreas.


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No caso do Zoo de Curitiba, que abriga mais de 1.800 animais — muitos resgatados de maus-tratos, tráfico ou circos —, a tecnologia se torna não apenas uma ferramenta, mas um elo vital na missão de conservação. Exames como o de Dacar permitem que animais em situação de vulnerabilidade tenham acompanhamento de ponta, aumentando suas chances de bem-estar e longevidade.


O episódio mostra como a tecnologia não é apenas sobre máquinas, mas sobre pontes: entre humanos e animais, entre passado e futuro, entre a necessidade de preservar e a capacidade de inovar. A ressonância do leão Dacar é, ao mesmo tempo, símbolo de cuidado e de uma nova era onde o que antes era privilégio de hospitais humanos agora é parte do cotidiano da medicina veterinária.

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