Curitiba vira palco high-tech com show de drones para divulgar série da Netflix
- RENATO VIDAL

- 24 de set.
- 2 min de leitura
A noite curitibana ganhou um upgrade tecnológico nesta terça-feira, quando dezenas de drones transformaram o céu sobre a Praça do Japão em uma verdadeira tela viva. Cartas de baralho, silhuetas e até um pássaro em uma gaiola foram desenhados no ar por luzes sincronizadas, chamando a atenção de moradores do Centro ao Portão.

O espetáculo foi uma ação promocional para a terceira temporada de Alice in Borderland, série japonesa da Netflix que estreia nesta quinta-feira (25). E aqui está o ponto interessante: shows de drones estão se consolidando como o futuro da publicidade ao vivo — menos poluição sonora que fogos, zero resíduos e um impacto visual gigantesco.
A iniciativa foi negociada e autorizada pela Curitiba Film Commission, que segue sendo uma peça-chave na transformação da cidade em um hub audiovisual. Em 2025, o órgão já emitiu mais de 400 autorizações para filmagens e produções, incluindo 14 curtas e longas-metragens. Isso significa mais fluxo criativo, mais jobs tech e mais oportunidades para produtoras locais investirem em novas linguagens, como o uso de IA para sincronização de movimentos ou realidades mistas em eventos.
Segundo Gabriel Assunção, superintendente da Secom, Curitiba está pronta para o próximo nível: “Cada projeto realizado fortalece a imagem da cidade e amplia oportunidades para profissionais e empresas locais.”
Não é exagero dizer que Curitiba começa a despontar como referência nacional em experiências tecnológicas de grande escala. Além do show de drones, a cidade já foi palco de ativações como o Red Bull Showrun, o STU National de skate e, no fim do ano, recebe o espetáculo Disney Celebra: Um Natal Inesquecível — o primeiro no Brasil.
Esse tipo de investimento em experiências digitais e interativas está mudando o perfil do turismo local. Um levantamento do IMT mostra que, em 2024, 33,3% dos turistas vieram em busca de lazer, superando pela primeira vez o turismo exclusivamente de negócios.
Se Curitiba continuar nessa toada, não estamos longe de ver projeções holográficas na Boca Maldita, experiências de realidade aumentada no Jardim Botânico e eventos 100% imersivos. O futuro não é só smart city, é também smart culture.




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