Paraná registra queda generalizada nos preços de alimentos e reforça tendência de alívio inflacionário
- VANDERLEI CARON

- 12 de set.
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O Paraná encerrou agosto com o terceiro mês consecutivo de recuo nos preços de alimentos e bebidas, segundo o Índice Ipardes de Preços Regional – Alimentos e Bebidas (IPR). O indicador caiu 0,58% no mês, reduzindo a variação acumulada de 2025 para 1,85% e sinalizando um cenário de inflação controlada no setor.

A queda é atribuída principalmente às boas condições climáticas e ao aumento da oferta agrícola, que ampliaram a disponibilidade de hortifrutis e pressionaram os preços para baixo. Tubérculos, raízes e legumes lideraram o movimento (-8,11%), seguidos por ovos de galinha (-3,49%), sal e condimentos (-3,01%) e cereais (-2,43%).
Dos 91 itens avaliados, 54 apresentaram redução de preços, um dado que reforça a amplitude do movimento de baixa. O destaque foi para a manga, com queda de -18,26%, favorecida pela maior oferta no mercado interno após a retração das exportações. Produtos como tomate (-15,63%), cebola (-14,26%), brócolis (-9,25%) e abobrinha (-8,49%) também registraram reduções expressivas.
O comportamento do índice nos últimos 12 meses confirma o arrefecimento da inflação de alimentos, com destaque para cereais (-22,54%), tubérculos, raízes e legumes (-11,17%) e frutas (-9,40%). Apesar de aumentos pontuais em proteínas como a carne bovina, a trajetória geral favorece o poder de compra das famílias.
A análise regional mostra que oito dos nove municípios pesquisados acompanharam a tendência de queda, com maior intensidade em Ponta Grossa (-0,93%), Curitiba (-0,91%) e Pato Branco (-0,76%). Apenas Foz do Iguaçu registrou alta leve de 0,13%. O desempenho mais expressivo foi registrado na batata-inglesa, que chegou a cair 55,93% em Curitiba, e na cebola, que recuou 51,18% em Guarapuava.
Para o setor de varejo e atacado, o cenário é positivo: a maior previsibilidade de preços reduz pressões de custo e facilita a gestão de estoques, ao mesmo tempo em que mantém o consumo aquecido. Para o consumidor, o impacto é direto na cesta de compras, aliviando o orçamento e abrindo espaço para gastos em outras categorias.




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