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O trabalho dos "olheiros" na descoberta de novos talentos no Paraná

Por trás de cada medalha conquistada e de cada uniforme suado há uma rede silenciosa de olheiros, treinadores e educadores que enxergam o talento antes que ele brilhe. Nos clubes e colégios do Paraná, essa vocação se renova a cada geração — em quadras, piscinas e ginásios onde crianças e adolescentes aprendem que o esporte é mais do que competição: é formação, disciplina e propósito.


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No Clube Curitibano, por exemplo, o trabalho de base é tratado como investimento de longo prazo. Nas piscinas e quadras de basquete e vôlei, o olhar técnico dos treinadores busca mais do que força ou altura — procura disciplina, persistência e vontade de aprender. “A gente não forma apenas campeões, forma gente que entende o valor do esforço”, costuma dizer um dos coordenadores de esportes do clube, sintetizando o espírito que se espalha por todo o sistema esportivo curitibano.


O Santa Mônica Clube de Campo segue na mesma trilha. Suas equipes de natação e ginástica rítmica já revelaram atletas que hoje representam o Paraná em competições nacionais. Lá, a peneira é diária: técnicos observam crianças desde os seis anos, acompanhando evolução técnica, comportamento e, principalmente, paixão pelo esporte. “O brilho no olhar ainda vale mais do que o tempo no cronômetro”, comenta um dos treinadores veteranos.


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No Círculo Militar do Paraná, a tradição de formar talentos segue viva. Da esgrima ao judô, o clube é reconhecido por unir estrutura esportiva e formação humana. Muitos atletas que hoje despontam em equipes universitárias começaram ali, em equipes de base, acompanhados por professores que enxergaram potencial onde muitos veriam apenas um aluno esforçado.


Já o Thalia, um dos clubes mais antigos de Curitiba, mantém vivo o espírito comunitário do esporte. Ali, o olheiro é quase um vizinho: conhece as famílias, acompanha as crianças na escola e vê o amadurecimento esportivo acontecer naturalmente. Do vôlei ao tênis de mesa, o clube investe em competições locais que servem como vitrine para jovens talentos.


Mas talvez o celeiro mais fértil do esporte paranaense esteja nas escolas. Colégios como Positivo, Bom Jesus e Marista tratam o esporte não apenas como atividade extracurricular, mas como parte da formação integral. Em torneios estudantis, técnicos e professores atuam como verdadeiros caçadores de potencial. Uma corrida bem feita, um salto preciso, uma defesa instintiva — tudo vira sinal de que ali pode estar o próximo destaque do futsal, da natação ou da ginástica.


Dezenas de outros colégios como o Medianeira, o Dom Bosco e o Bagozzi também mantêm programas que identificam jovens talentos e os conectam com clubes parceiros. Essa integração entre o ensino e o treinamento é o que diferencia o Paraná: aqui, o esporte é tanto um caminho para o alto rendimento quanto uma ferramenta de cidadania.


E é justamente esse olhar atento, paciente e humano — aquele que percebe o talento antes da medalha — que faz dos clubes e colégios do Paraná um exemplo de formação esportiva. Em cada atleta que sobe ao pódio, há uma história que começou com um professor, um treinador e um sonho compartilhado.

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