Medos que ninguém entende, mas muita gente tem
- DENISE MORGADO

- 16 de out.
- 2 min de leitura
Todo mundo tem algum medo irracional. Uns não sobem em avião, outros travam diante de uma barata. Até aí, nada de novo. Mas o universo das fobias humanas é tão vasto — e por vezes tão inusitado — que chega a ser fascinante. E um pouco divertido também.

Entre as mais curiosas está a cenosilicafoBia, o medo de copos vazios. Sim, existe gente que sente verdadeiro desconforto ao ver um recipiente sem nada dentro. A explicação? Em geral, está ligada à sensação de falta, de ausência — algo que o inconsciente associa ao vazio emocional. Freud certamente se deliciaria com o tema.
Mas essa não é a única fobia que desafia a lógica.Há quem sofra de pogonofobia, medo de barbas — o que, convenhamos, deve tornar a vida difícil em tempos de estética lenhador.
Outros têm nomofobia, que é o pavor de ficar sem o celular por perto (uma das mais contemporâneas e, talvez, a mais compreensível).
E que tal a xantofobia? O medo da cor amarela. Ou a anatidaefobia, que, segundo a lenda urbana, é o medo irracional de ser observado por um pato — em qualquer lugar, a qualquer momento. (Sim, um pato. De olhos atentos e silenciosos. Não pergunte.)
Essas fobias pouco convencionais dizem muito sobre a mente humana e suas engenharias secretas. Em muitos casos, nascem de experiências isoladas que o cérebro, num ato de autoproteção, transforma em alerta permanente. Em outros, são apenas metáforas de ansiedades mais profundas — o medo de estar só, de perder o controle, de ser observado.
No fim das contas, toda fobia é um espelho, ainda que distorcido, das fragilidades humanas. E talvez seja esse o aspecto mais curioso: por trás de cada medo absurdo, há sempre uma tentativa muito humana de se sentir seguro.




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