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Castelos do Paraná: patrimônio histórico ou hotéis inusitados em potencial?

Quando falamos em castelos, é comum pensar na Europa medieval, em nobres e batalhas. Mas o Paraná guarda seis exemplares dignos de cinema, espalhados em diferentes regiões do estado. Do ponto de vista econômico, essas construções carregam um valor que vai muito além da estética ou da curiosidade turística: são ativos raros, de alto valor imobiliário e com grande potencial de transformação.


Castelo do Batel, em Curitiba

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Imóveis históricos, dependendo de sua localização, podem atingir cifras milionárias. Para se ter uma ideia, propriedades semelhantes usadas em eventos e turismo — como o Castelo do Batel, em Curitiba — estão avaliadas em valores acima de R$ 40 milhões, especialmente por estarem tombadas como patrimônio histórico e por abrigarem estruturas de luxo voltadas para grandes celebrações. Já castelos em áreas rurais ou em cidades menores, como o La Dorni, em Bandeirantes, poderiam ser negociados em faixas que variam de R$ 8 a 15 milhões, considerando não apenas o terreno e a construção artesanal, mas também o valor agregado do enoturismo.

Castelo La Dorni, em Bandeirantes

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Agora, imagine se esses imóveis fossem convertidos em hotéis temáticos e inusitados. O mercado de hospitalidade já prova que o “diferente” é um ativo valioso. Um castelo com quartos personalizados poderia cobrar diárias médias de R$ 1.200 a R$ 3.000, dependendo do nível de sofisticação. Se bem explorados, projetos assim poderiam gerar faturamentos anuais entre R$ 12 e R$ 20 milhões, considerando taxas médias de ocupação turística.

O Castelo Eldorado, em Marilândia do Sul, por exemplo, cercado de mistérios sobre a Segunda Guerra, poderia ser um resort boutique temático, atraindo turistas nacionais e estrangeiros em busca de experiências únicas. Já o Castelo Japonês de Assaí, inspirado no Himeji, teria apelo junto ao turismo cultural e poderia sediar retiros de bem-estar e festivais gastronômicos orientais.


Castelo Eldorado, em Marilândia do Sul

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Outro exemplo é a Chácara Castelinho, em Bocaiúva do Sul, que já funciona como espaço para retiros e eventos. Se reposicionado como um hotel de charme, poderia ampliar sua receita em pelo menos 50% ao ano, aproveitando a crescente demanda por experiências exclusivas de hospedagem próximas à capital.


Chácara Castelinho, em Bocaiúva do Sul

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O fato é que, em um mercado de turismo cada vez mais competitivo, experiência virou sinônimo de valor econômico. Transformar castelos em hotéis ou centros de eventos não é apenas uma estratégia de preservação histórica, mas também um negócio lucrativo e sustentável.


Se a Europa já aprendeu a transformar fortificações medievais em resorts de luxo, talvez esteja na hora do Paraná explorar esse mesmo caminho. Afinal, nesses castelos, o maior tesouro pode não estar nas lendas ou nas paredes de pedra — mas no futuro econômico que eles ainda podem render.

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